INFORMÁTICA PARA TODOS é um programa de Rádio transmitido em cerca de 50 Rádios Locais do Continente e Ilhas desde Setembro de 2003

A fim de facilitar a consulta de alguns dados ou ajudas que nem sempre é possível fixar durante a transmissão de um programa de Rádio deste género e corresponder aos constantes pedidos de vários ouvintes e mesmo alguns organismos para que os respectivos textos lhes sejam fornecidos, tomei a decisão de os colocar neste espaço da Internet assim como uma versão áudio do programa de Rádio, existindo neste caso um link para aceder ao texto. Deste modo serão facilmente consultados.

Como se compreende, tanto os textos como as versões áudio de cada programa só aqui serão colocados uma semana depois, pelo menos, daquela em que foram transmitidos via rádio e segundo o possível interesse da sua consulta.

Eventualmente aqui estarão também outros programas mais antigos que tenham merecido algum destaque pelos conteúdos que divulgaram.

Gil Montalverne


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15.10.07

PROGRAMA DE INFORMÁTICA PARA RÁDIOS LOCAIS
02/08JUL2012
Emissão nº 417

Neste Programa:
GOOGLE tem novo cérebro de busca.
iPAD não funciona a 4G. Conselho da DECO.

Nem todos os nossos ouvintes terão reparado que existe uma novidade no motor de busca ou consulta, como lhe queiram chamar, do famosíssimo Google. Quem é que ainda não o utilizou? Todos nós o fazemos regularmente. Acontece que algo vai mudar radicalmente, melhor dizendo já mudou, no processo de consulta através do Google, esse verdadeiro gigante da Internet. E quando há mudanças efectuadas pelo Google, desde há muitos anos, cada mudança é sempre uma melhoria que muito vem beneficiar a sua utilização na Web. Cremos que desta vez, o mesmo irá acontecer. Vejamos então. A Google anunciou que já está em funcionamento o seu novo cérebro de busca. Apesar de tudo, pode ser que alguns utilizadores tenham notado que nos últimos tempos sempre que faziam uma consulta utilizando esse grande motor de busca, para além da listagem de vários links referentes a qualquer informação sobre a consulta feita, à direita de alguns deles aparecia um pequeno sinal que se apontássemos para lá o rato abria-se uma pequena janela com uma espécie de resumo do conteúdo dessa página. Pois é isso mesmo que agora se encontra em pleno funcionamento. Depois de cinco anos a trabalhar em conjunto com a Metaweb que já contava 12 milhões de objectos interligados, o gigante da Internet comprou mesmo a base de dados Freebase, tendo bastado apenas um ano para que os seus técnicos subissem esse número para 25 milhões. Ora o resultado é uma autêntica revolução no processo de consulta. Quando por exemplo desejamos saber determinado dado de alguma entidade famosa, aparecia e continua a aparecer uma lista enorme de links que conduzem a sites com informações sobre tal pessoa. Mas se apenas desejarmos alguns dados básicos que nos sejam suficientes, tudo agora se torna mais rápido e inteligente. E portanto poupa-nos muito tempo se podermos evitar a escolha de qualquer daqueles links. Imagine que a sua pretensão era apenas saber a data de nascimento de uma celebridade ou do país onde se tinha dado determinado acontecimento, bastaria uma pequena minibiografia dessa pessoa ou um breve resumo do acontecimento pretendido que agora aparece numa pequena janela à direita e que constitui um novo cérebro no conceito do Google. Claro que quem deseje aprofundar o assunto continuará a ter os vários links ao seu dispor. Mas não há qualquer dúvida de que o tráfego de acesso do Google para outros sites certamente sofrerá uma queda considerável. Há já é claro quem se interrogue sobre o impacto que isso pode vir a causar em determinados sites e blogues que dependem dos acessos vindos do utilizador que está a efectuar essa busca. Vão certamente sentir bastante diferença no número de acessos. Mas o que não temos dúvida é que a forma de fazer buscas na rede já mudou. O Google acaba de efectuar uma enorme mudança na Internet. Não esqueça portanto, quando for essa a sua intenção em determinada consulta, de fazer o tal clique à direita de um dos links e visionar então as informações de que eventualmente necessita e que são suficientes para o que pretende, mas que só se tornarão visíveis ao clicar à direita. Experimente se por acaso ainda não tinha notado ou simplesmente porque não sabia que isso existia. Boa consulta é o que lhe desejamos.
SEPARADOR:
Já por várias vezes estivemos tentados a trazer aqui alguma informação sobre o que é afinal 4G. Desde Dezembro de 2011, três operadoras portuguesas passaram a colocar anúncios em todo o lado dizendo que já dispunham de capacidades 4G e que se tratava de uma verdadeira revolução na comunicação por telemóvel, etc., etc. Ora para além de falarem numa maior velocidade nas comunicações por telemóvel e até todos se devem recordar de um célebre anúncio em que aparecia um homem que se lançava do alto de uma montanha e abrindo uma espécie de asas conseguia em voo planado atingir velocidades extraordinárias, as informações foram escassas. Ora bem, 4G é a sigla da quarta geração de telefonia móvel. Em relação à 3G que é um sistema de sistemas e uma rede de redes, fazendo a convergência entre as redes de cabo e redes sem fio assim como computadores, dispositivos electrónicos e tecnologias da informação com velocidades de acesso que atingem os 100 Megabits por segundo em casos excepcionais mas ficam quase sempre pelos 50 megabits mais ou menos, mantendo uma boa qualidade, de alta segurança, para serviços de qualquer tipo, a qualquer momento e em qualquer lugar, a nova geração 4G usa uma tecnologia que aumenta consideravelmente as velocidades permitidas pela 3G e sem especificar exactamente, os operadores falam em atingir gigabits. Enfim, a 4G pode ser aplicada também a muitos outros dispositivos electrónicos, nomeadamente televisores e Pens USB, preparados para 4G. A questão é que os chips agora utilizados, apesar dos fabricantes se terem esforçado tal como o fizeram com os chips dos processadores para computadores não conseguiram ainda que as ligações em 4G consumam menos energia. E daí, lá perdemos em autonomia, sobretudo quando usamos dispositivos móveis, smartphones e tablets por exemplo, em que já se aconselha, perante um uso diário intensivo a ter consigo uma segunda bateria carregada. Portanto a pergunta que se pode fazer é: vale a pena de imediato passar para 4G? Depende do uso que lhe vai dar e sobretudo do local em que a vai utilizar. Se necessita de acessos mais rápidos à Internet em redes móveis ou se gosta de uma melhor definição, superior à que já tem nos mais modernos televisores e sobretudo se está disposto a pagar mais por isso, opte então pela 4G. Mas é bom não esquecer que a cobertura 4 G em Portugal ainda está muito limitada aos grandes centros urbanos e mesmo assim não na totalidade. Depois, não se esqueça que os dispositivos para utilizar pacotes de acesso 4G necessitam de possuir essa capacidade e nem tudo o que está no mercado admite 4G. Vai levar o seu tempo. O mais certo portanto é ter de comprar novos dispositivos que digam expressamente que trabalham com 4G. E aproveitamos para lembrar aqui o que tem acontecido com a publicidade feita a propósito do último iPAD 4, anunciado que trabalha a 4G mas que a Apple só disponibilizou para frequências que são utilizadas nos Estados Unidos e na Ásia. Portanto na Europa não funciona a 4G. Isso, como alguns devem saber, ocasionou grandes protestos nomeadamente na Austrália, na sequência do entusiasmo com que foi aguardado e adquirido nos dias de lançamento. E, a este respeito, a Deco, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, lembra que qualquer pessoa pode devolver o seu iPAD 4 por não funcionar na norma 4G em Portugal e isso não estar colocado, como é obrigatório, num dístico da embalagem que, em publicidade enganosa, afirma precisamente o contrário