INFORMÁTICA PARA TODOS é um programa de Rádio transmitido em cerca de 50 Rádios Locais do Continente e Ilhas desde Setembro de 2003

A fim de facilitar a consulta de alguns dados ou ajudas que nem sempre é possível fixar durante a transmissão de um programa de Rádio deste género e corresponder aos constantes pedidos de vários ouvintes e mesmo alguns organismos para que os respectivos textos lhes sejam fornecidos, tomei a decisão de os colocar neste espaço da Internet assim como uma versão áudio do programa de Rádio, existindo neste caso um link para aceder ao texto. Deste modo serão facilmente consultados.

Como se compreende, tanto os textos como as versões áudio de cada programa só aqui serão colocados uma semana depois, pelo menos, daquela em que foram transmitidos via rádio e segundo o possível interesse da sua consulta.

Eventualmente aqui estarão também outros programas mais antigos que tenham merecido algum destaque pelos conteúdos que divulgaram.

Gil Montalverne


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28.4.11

PROGRAMA DE INFORMÁTICA PARA RÁDIOS LOCAIS
SEMANA de 28 de MARÇO a 03 de ABRIL de 2011
EMISSÃO Nº 358






TEXTO

As novas tecnologias da Informática estão no caminho de alterar por completo o conceito que vinha sendo utilizado desde a chamada revolução industrial. Os progressos alcançados pela economia mundial reflectiram-se ao nível dos diversos países. Basta pensarmos como tudo se modificou a partir do momento em que foram criadas as grandes unidades fabris, cada vez maiores, ano após ano, facilitando ao mesmo tempo o consumismo de que talvez estejamos a sofrer hoje em dia. Á medida que o número de unidades deste ou daquele dispositivo, utensílio desta ou daquela marca, fosse aumentando, dizia-se - e repito dizia-se – que a civilização progredia, o bem-estar, a felicidade e igualdade para todos, o trabalho garantido, etc. Sabemos hoje, embora existam outros motivos para que tal esteja a acontecer, a crise com que de deparam muitos países, uns mais do que outros, a nossa crise, a dívida soberana, etc. Mas não quero entrar por aí, embora com a noção de que teria de deixar esta introdução para a notícia que vem a seguir. Um artigo publicado na conceituada revista “The Economist” intitulado “Print me a Stradivarius” o que traduzido quer dizer como sabem “Imprima-me um Stradivarius” vem alertar-nos para algo como as novas tecnologias de fabrico podem vir a mudar por completo o mundo em que vivemos.
Tal como dizíamos há pouco, a revolução industrial do século dezoito tornou possível a massificação da produção dos mais diversos artigos, originando economias a uma escala tal que modificaram a economia e a sociedade de uma forma que ninguém poderia imaginar naquele tempo. Eis que emerge agora uma nova tecnologia de serviço no sentido precisamente oposto. Impressoras especiais a três dimensões que já existem tornam possível criar um único artigo ao mesmo preço do que seria possível se se produzissem milhares o que destruirá o poder da escala. Isto pode ter um impacto profundo no mundo tal como o teve o aparecimento das unidades fabris. Vejamos como se faz. Começa-se por desenhar no computador uma determinada peça a três dimensões dando-lhe a forma e as cores onde for necessário. Quando estiver completado o que se pretende carrega-se em print. Uma máquina especial que está ligada ao computador entra em execução e gradualmente constrói e dá vida ao objecto, quer depositando o material proveniente do equivalente à saída de um tinteiro e selectivamente solidifica uma pequena camada de plástico, ou metal em pó, usando pequenas quantidades de colas especiais e progressivamente juntando o material, aquecendo-o, etc. Os artigos vão sendo progressivamente construídos, adicionando os materiais, camada após camada, por outras palavras um fabrico por adição. Eventualmente o objecto em questão – uma peça do vosso carro, uma jarra, um violino (Stradivarius porque não) vai saindo da máquina de impressão. O interessante do método é que não tem necessidade de ser fito numa fábrica especial. Pequenos objectos podem ser feitos numa pequena máquina semelhante a uma impressora num canto de uma oficina, de um loja ou mesmo de uma casa. Objectos maiores como constituintes de bicicletas, painéis para automóveis, peças de avião precisarão é claro de mais espaço. Não nos assustemos. De momento, o processo já é possível somente com alguns materiais como plásticos, resinas e metais e com uma precisão de um décimo de milímetro. Tal como a computação nos anos 70 apenas acontece a nível académico e pequenos nichos industriais. Mas tal como aconteceu aos computadores, estas impressoras 3D espalhar-se-ão rapidamente e o seu custo que é o mesmo de uma laser na década de 80 baixará. As implicações que isto trará ninguém pode garantir. Apenas podemos especular. Mas a transformação acontecerá. Não sabemos quem assistirá entre quem nos escuta neste momento. Não fazemos previsões. Apenas fica aqui a notícia dada pelo Economist que não é um pasquim qualquer.
SEPARADOR:
Falemos então de outras novidades mais apetecíveis, pelo menos por agora, sem consequências secundárias. Por exemplo um DVD regravável de 50 Gigas. Será que já existe? Claro que sim. Apresenta-se em packs de 5 unidades em Jewel Case e cada unidade custa 9 Euros. E é naturalmente um DVD Blu-Ray que acaba de chegar ao marcado pela Verbatim. A sua capacidade de 50 gigas faz dele o suporte ideal para realizar cópias de segurança diárias, testes de aplicações de vídeo e software ou gravações a curto prazo de vídeo doméstico e vídeo profissional. A camada Hardcoat Scratch Guard protege contra riscos, impressões digitais, pó, gordura e água. Por sua vez, a tecnologia SERL (Super Eutectic Recording Layer), assegura excelente compatibilidade de gravação e também excelente capacidade de regravação até 1.000 vezes. E já que estamos a falar em Blu-Ray convém lembrar que a Denon acaba de apresentar o primeiro leitor Blu-ray 3D do mundo com leitura universal, o que significa que além de discos Blu-ray e Blu-ray 3D, este novo leitor da Denon é igualmente capaz de reproduzir discos CD, DVD, SuperAudioCD e DVD-Audio. Além disso, graças às suas funcionalidades avançadas de ligação em rede, ele eleva ainda mais a fasquia ao oferecer leitura de ficheiros de música, fotos e vídeos a partir de computadores, dispositivos de armazenamento USB e em rede (tipo NAS) bem como reprodução directa de vídeos a partir do YouTube. É quase o tudo em um. Os tipos de ficheiros suportados incluem MP3, WMA e AAC para música, JPEG em imagens e DivX, MPEG, WMV e AVI no que diz respeito a vídeo. Outras funcionalidades incluem um modo “source direct” para reprodução de conteúdos sem qualquer processamento adicional (ideal para quando se reproduz um Blu-ray ligado a um ecrã Full HD, o que também é importante. E já que estamos a falar em visionar TV falemos dela a três dimensões. Quem já viu a TV a 3D ficou entusiasmado e apenas se aborrece com aqueles óculos necessários mas incómodos. A Hama resolveu o problema e arranjou uns óculos 3D activos, especialmente concebidos para televisores 3D da Samsung, com várias vantagens. Extremamente leves (47 gramas) e confortáveis sobre óculos normais, utilizam leve e potente bateria de lítio (CR2032) com autonomia de 70 horas para ver um filme de longa-metragem por dia durante 1 mês, desligam-se automaticamente quando não detectam a presença de sinais relativos a 3D. Em termos ergonómicos, o formato arredondado foca a visão do utilizador no televisor. São portanto muito cómodos resolvendo os grandes problemas da visão de filmes em 3D