INFORMÁTICA PARA TODOS é um programa de Rádio transmitido em cerca de 50 Rádios Locais do Continente e Ilhas desde Setembro de 2003

A fim de facilitar a consulta de alguns dados ou ajudas que nem sempre é possível fixar durante a transmissão de um programa de Rádio deste género e corresponder aos constantes pedidos de vários ouvintes e mesmo alguns organismos para que os respectivos textos lhes sejam fornecidos, tomei a decisão de os colocar neste espaço da Internet assim como uma versão áudio do programa de Rádio, existindo neste caso um link para aceder ao texto. Deste modo serão facilmente consultados.

Como se compreende, tanto os textos como as versões áudio de cada programa só aqui serão colocados uma semana depois, pelo menos, daquela em que foram transmitidos via rádio e segundo o possível interesse da sua consulta.

Eventualmente aqui estarão também outros programas mais antigos que tenham merecido algum destaque pelos conteúdos que divulgaram.

Gil Montalverne


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12.9.11

PROGRAMA DE INFORMÁTICA EM RÁDIOS LOCAIS
05/11_SETEMBRO_2011
Emissão nº 375




Neste Programa:
IBM anuncia a descoberta de chips que simulam o funcionamento do cérebro
O melhor dos portáteis TOSHIBA
Dois ecrãs num único portátil GSCREEN - SPACEBOOK


SEPARADOR:
No passado dia 17 de Agosto – e só por lapso não o dissemos nessa semana – a Internet fez 20 anos. E todos estão de acordo que a Internet e o poder do conhecimento que passou a estar ao nosso alcance através dela, constitui uma das grandes conquistas desta Tecnologia que nasce afinal com os computadores, a informática, os chips e por aí fora. E com o dia 17 de Agosto passado quase acontecia uma coincidência que se iria juntar a outros factores como vão ver. Se o primeiro computador pessoal foi precisamente lançado pela IBM, esta mesma IBM anunciou no passado dia 18 – um dia apenas depois do aniversário da Internet – outro grande passo nesta área. Os cientistas da grande empresa norte-americana anunciaram ter conseguido os protótipos de dois chips que representam um avanço notável na inteligência artificial para aplicação em computadores para robôs. Pela primeira vez esses chips possuem a capacidade de simular o funcionamento do cérebro. Os chips não tem nada de semelhante aos dois dispositivos de que falamos aqui em Outubro de 2010, nos programas 335 e 336. Tratava-se então de eléctrodos que são colocados junto do cérebro e que conseguem transformar os sinais emitidos por ele em palavras escritas como é o caso do Brain Fingers ou em sons que os deficientes não possam pronunciar, caso da Mind Reading Machine. Neste caso agora trata-se de chips compostos por 256, chamemos-lhes neurónios digitais, que possuem a capacidade de simular o cérebro nos seus aspectos de percepção, acção e cognição. O software que está a ser desenvolvido não só analisa as informações como consegue aprender com os resultados, memorizando-as. E daí tudo isso leva a futuras acções. Como é sabido no cérebro humano os neurónios estão interligados pelas chamadas sinapses. Ora os cientistas revelaram que estes chips também criaram sinapses digitais, através de circuitos e algoritmos desse elemento base de um chip que se chama silício. Os circuitos não possuem elementos biológicos e apenas são inspirados na neurobiologia. Esta descoberta é de facto extraordinária pois estaremos assim no caminho de um sistema que não só pode reconhecer rostos como já hoje acontece e obedecer a ordens gestuais, mas neste caso, aprendendo com as suas informações seria capaz de actuar em acções futuras com aquilo que for aprendendo. Resta acrescentar que os chips actuais têm 256 neurónios e um deles mais de 200.000 sinapses digitais mas que o objectivo final será atingir os vários milhões de neurónios e sinapses portanto ainda mais próximo do cérebro humano. Os próximos chips seriam capazes de gerir independentemente - e muito mais rápido do que o homem a agir em conformidade - obtendo por exemplo relatórios pormenorizados da temperatura, pressão, altura das ondas e medição das marés oceânicas prevendo tsunamis ou monitorizar em tempo real texturas, cheiros e temperatura que dariam num armazém a qualidade dos alimentos ali encerrados. O sistema que já tem nome - curiosamente foi escolhido “sinapse” – consegue portanto, com as suas capacidades de visão, memória, o reconhecimento de padrões e a classificação de objectos, reagir de imediato, tão rápido ou mais ainda do que o faria o próprio homem. É de facto, não fosse a crise actual em que vivemos, uma descoberta extraordinária que permitiria interagir verdadeiramente com as máquinas e com a qual todos nós e os que vierem depois de nós muito teríamos a lucrar. E que assim seja. Tudo graças a esta tecnologia que aqui trazemos todas as semanas. Daremos mais notícias proximamente.
SEPARADOR:
Desde que os portáteis expandiram de tal modo as suas capacidades e tomaram em grande parte o lugar dos computadores de secretária não param de nos apresentar soluções inovadoras. Basta citar o caso do recente modelo apresentado pela Toshiba da série Qosmio. É aquilo a que se pode chamar com certa liberdade de expressão um portátil brilhante. Com um agradável ecrã de 17,3 polegadas agradará por certo aos mais exigentes, mesmo os amantes de videojogos. A resolução de 1600 por 900 pixels é suficiente para a garantir uma realidade virtual satisfatória. Embora alguns analistas argumentem que poderia ter uma resolução um pouco maior para aplicações de produtividade. Mas se a Toshiba não foi mais além é porque achou que a placa gráfica atinge deste modo o seu máximo. Armazenamento com 2 discos de 500 gigas. Vejam só. É o que normalmente se exige hoje em dia de um bom desktop. Mas está no portátil. O processador é da série Core i7 poderoso como se sabe. Memória de 8 gigas que muitas vezes nem alguns jogos consomem. Gravador Blue-ray e portas USB3. Uma qualidade de som que é rara em portáteis sem necessidade de recorre a colunas externas. Claro que o preço não é muito convidativo nos tempos que vão correndo. Muito perto dos 2000 Euros só de facto para alguns felizardos. Adiante. O assunto é sério e não é aqui que se trata. Passemos a outro caso do sector dos portáteis. O anúncio veio dos Estados Unidos, onde já podem ser adquiridos mas que não tardarão a aparecer por cá, os SpaceBook da Gscreen que lançam um novo conceito de portátil com dois ecrãs de 17 polegadas criando uma excepcional área de trabalho para os que dela necessitarem com uma resolução total de 3840 por 1080 pixels. Mas não julguem que por ter os dois ecrãs o seu formato, quando está fechado, é diferente dos restantes portáteis. Nada disso, os ecrãs mais finos que o habitual deslizam um sobre o outro expandindo-se para os dois lados. É evidente que tão grande área de visualização teria de ser aproveitada para aplicações que exijam um bom desempenho. E para isso lá temos a escolha do processador Core i7 de 4 núcleos e placas gráficas com chips Nvidea Geforce GTM. Quem precisar é só esperar até final do ano. Estes dois ecrãs num portátil vão causar sensação. 4 milhões de pixels à disposição do utilizador. Na Internet já se aceitam encomendas. Quanto ao preço em dólares não agrada de facto. 2.300 dólares é quanto pedem os americanos por ele. Não acreditamos que Obama o compre para os filhos. Adiante. Estamos apenas a revelar novidades. O resto fica para cada um dos ouvintes reflectir como vai este mundo.
SEPARADOR: