INFORMÁTICA PARA TODOS é um programa de Rádio transmitido em cerca de 50 Rádios Locais do Continente e Ilhas desde Setembro de 2003

A fim de facilitar a consulta de alguns dados ou ajudas que nem sempre é possível fixar durante a transmissão de um programa de Rádio deste género e corresponder aos constantes pedidos de vários ouvintes e mesmo alguns organismos para que os respectivos textos lhes sejam fornecidos, tomei a decisão de os colocar neste espaço da Internet assim como uma versão áudio do programa de Rádio, existindo neste caso um link para aceder ao texto. Deste modo serão facilmente consultados.

Como se compreende, tanto os textos como as versões áudio de cada programa só aqui serão colocados uma semana depois, pelo menos, daquela em que foram transmitidos via rádio e segundo o possível interesse da sua consulta.

Eventualmente aqui estarão também outros programas mais antigos que tenham merecido algum destaque pelos conteúdos que divulgaram.

Gil Montalverne


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29.2.12

PROGRAMA DE INFORMÁTICA PARA RÁDIOS LOCAIS
20/26 FEVEREIRO_2012
Emissão nº 399


Neste Programa:
Inteligência Artificial ou IA – II
Novos dispositivos Power Line


Se bem se recordam, no programa anterior, prometemos continuar e até certo ponto concluir por agora, o significado da Inteligência Artificial. Se nos acompanharam, já sabem o essencial. Quem não tenha acompanhado poderá consultar esse texto no nosso site IPTNANET.BLOGSPOT.COM. Já lá deve estar. Continuemos portanto. Não é por acaso que, mesmo entre nós, existe um departamento específico criado no INESC para estudar as suas diversas aplicações. E se se estudam as aplicações é porque ela, a Inteligência Artificial existe. A controvérsia gira, como se sabe, acerca da sua definição, desde que o termo foi adoptado em 1969 com a realização da Primeira Conferência Internacional sobre Inteligência Artificial, em Washington, e que, desde então se realiza de dois em dois anos, reunindo centenas de especialistas na matéria. Como qualquer ciência jovem, a Inteligência Artificial ou AI, ainda não possui o seu domínio completamente definido. E muitos cientistas aproveitam mesmo para criar lacónicas definições que aproveitam, naturalmente, para explorar no bom sentido. A frase "A Inteligência Artificial é uma prótese para a estupidez natural" é apenas uma das quatro definições da autoria de Yuri Kodratoff, especialista russo em tais domínios e que pretendeu com elas sintetizar o espírito dos principais movimentos defendidos pelos seus colegas na matéria, em diversas partes do globo.
Assim, a Inteligência Artificial pode também ser "uma tentativa de colocar a cabeça do homem dentro de uma máquina". Pode igualmente ser " uma simulação do funcionamento da máquina à semelhança da cabeça do homem". E finalmente, a A.I. representa "a conversão dos dados analógicos fornecidos pela vista, pelo ouvido e pelo tacto (mas não pelo olfacto nem pelo gosto) em dados lógicos". O campo da Inteligência Artificial tenta cobrir sobretudo os domínios para os quais se ignoram os mecanismos intelectuais empregues no exercício de uma certa actividade. Existem assim duas categorias de estudos desenvolvidos com o auxílio da AI. Uma diz respeito à própria simulação da Inteligência. A outra tende a alargar a utilização do computador em domínios onde o seu comportamento se afasta do que se observa como puramente determinístico, em benefício daqueles em que se dá a ilusão de cometer actos reflectidos e inteligentes e mesmo actos marcados por atitudes intuitivas. Os problemas tratados pela inteligência artificial até agora têm sido principalmente as aplicações linguísticas. Outro campo é o da percepção, nas suas fases de análise, classificação e reconhecimento de estruturas. Finalmente, a resolução de problemas, com os métodos de exploração exaustiva das possibilidades, a manipulação de expressões algébricas e de símbolos e a demonstração de teoremas. Torna-se evidente que a Inteligência Artificial, tenta substituir o homem naquelas capacidades de que não podemos ainda usufruir fisiologicamente com a mesma eficácia e rapidez dos computadores e daí a graça da definição de Yuri Kodratoff ao defini-la como “uma prótese para a estupidez natural”. A informática também pode ser vista com humor. Voltaremos ao tema.
SEPARADOR:
Vejamos agora algo de novo. Os tempos estão difíceis mas as novas tecnologias não param. Já aqui falámos várias vezes dos dispositivos PowerLine. Recordamos que são pequenos módulos que se ligam às nossas tomadas de energia nas paredes das diversas salas ou divisões e que utilizam a energia eléctrica para se conseguir a nossa rede doméstica de computadores. Pois a D-Link de que aqui falámos num programa anterior, apresenta agora os adaptadores PLC PowerLine mais pequenos do mundo. E diga-se que eles desde que apareceram já podiam ser de facto considerados bastante pequenos mas estes são ainda mais. Com eles consegue-se portanto levar a Internet a todos os cantos de uma casa. Segundo estudos efectuados – e apesar da crise ou talvez por ela – acredita-se que Em 2015 haverá mais de 290 milhões de lares com acesso à Internet em todo o mundo, e perto de dois terços destes 290 milhões de lares utilizarão aplicações que irão para além da simples transmissão de dados. Espera-se, portanto, que os utilizadores procurem ter, mais que nunca, uma ligação à Internet fiável em toda a sua casa. Isto pode ser um desafio para a cobertura do nosso router Wi-Fi devido a obstáculos tão comuns como paredes, espaços compartimentados, diferentes andares ou interferências com outros dispositivos. A tecnologia PowerLine serve naturalmente para resolver esse problema, utilizando a rede eléctrica para levar conexão às zonas onde o sinal Wi-Fi não é tão bom, como seja por exemplo um sótão ou os pisos superiores. Basta ligar um adaptador ao router e depois a uma tomada. O dispositivo utiliza a rede eléctrica existente para proporcionar uma ligação forte e estável a dispositivos que estão afastados do router. O seu design já recebeu o prestigiado prémio “Reddot Design Award 2011” e são os mais pequenos e finos do mercado, ideais para não bloquear outras tomadas disponíveis. Como nos restantes da concorrência são fornecidos em dois tipos de Kit. O Mini Starter Kit PowerLine AV a pensar nos utilizadores que se preparem para usar uma ligação PowerLine pela primeira vez e os adaptadores individuais (DHP-310AV) estão indicados para os que queiram ampliar a sua rede PowerLine. Ambos são ideais para quem queira navegar, comprar, enviar emails ou descarregar música sem ter que pensar que divisão tem uma ligação mais fiável para o seu computador, tablet ou smartphone. Os adaptadores proporcionam transferências de dados de 200 Mbps, o que os torna adequados para aplicações que requeiram grande largura de banda, como chamadas de voz sobre IP, streaming de filmes ou música e jogos on-line. Como já é sabido, os adaptadores PowerLine são completamente seguros. Pode-se configurar uma chave de encriptação pressionando apenas um botão, para proteger a rede de qualquer acesso não autorizado. Os adaptadores fazem parte do programa D-Link Green, para proporcionar alternativas ecológicas sem comprometer o rendimento. A função de poupança de energia coloca o adaptador em modo “sleep” de forma automática se não for detectada transmissão de dados durante um tempo, o que reduz o consumo de energia. Importante e interessante parece ser a questão dos preços pois são os mais baratos que encontramos no mercado. 79,99 Euros para o kit que inclui os dois mini-adaptadores e por 44,99 euros para o adaptador individual, ambos preços com IVA incluído.