INFORMÁTICA PARA TODOS é um programa de Rádio transmitido em cerca de 50 Rádios Locais do Continente e Ilhas desde Setembro de 2003

A fim de facilitar a consulta de alguns dados ou ajudas que nem sempre é possível fixar durante a transmissão de um programa de Rádio deste género e corresponder aos constantes pedidos de vários ouvintes e mesmo alguns organismos para que os respectivos textos lhes sejam fornecidos, tomei a decisão de os colocar neste espaço da Internet assim como uma versão áudio do programa de Rádio, existindo neste caso um link para aceder ao texto. Deste modo serão facilmente consultados.

Como se compreende, tanto os textos como as versões áudio de cada programa só aqui serão colocados uma semana depois, pelo menos, daquela em que foram transmitidos via rádio e segundo o possível interesse da sua consulta.

Eventualmente aqui estarão também outros programas mais antigos que tenham merecido algum destaque pelos conteúdos que divulgaram.

Gil Montalverne


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30.6.12

PROGRAMA DE INFORMÁTICA PARA RÁDIOS LOCAIS
18/24Junho2012
Emissão nº 415

Neste Programa:
YO-YO telemóvel para comunicar nos dois sentidos entre dois utilizadores
Para pessoas com necessidade de protecção e localização de crianças.
Língua electrónica detecta qualidade dos alimentos


Muitos dos nossos ouvintes sabem certamente o que é um Yo-Yo. Aquela espécie de rodinha que gira para cima e para baixo (no seu movimento mais simples) ao longo de uma linha que está enrolada previamente no pequeno eixo que une as duas metades da roda. Foi durante muito tempo um brinquedo de miúdos e graúdos mas o certo é que ainda hoje se usa. E há verdadeiros génios que conseguem controlar os movimentos do enrolar e desenrolar da linha, atirando o yo-yo em todas as direcções possíveis sem que o seu movimento de ir e vir para junto deles se interrompa. Creio mesmo já ter visto actuações fantásticas de artistas de circo. Como em tudo – e nós também tivemos a ainda temos um – é tudo uma questão de prática. Portanto a função principal do Yo-Yo é um ir e vir constante de nós até uma certa distância, regressando sempre à nossa mão. Ora vem isto a propósito de um dispositivo a que foi posto o nome de Yo-Yo Care. E isto porquê? Porque de facto ele permite uma troca permanente de informações em dois sentidos. Claro que para isso também existem os telemóveis. Mas trata-se de um telemóvel especial que transmite várias informações entre dois pontos afastados ou seja entre duas pessoas, com a mínima intervenção de pelo menos um deles. Desvendemos portanto o mistério. Trata-se de um rastreador de posição GPS portátil, que combina a funcionalidade e simplicidade com a mais recente tecnologia GPS. O YOYOCare é assim um telemóvel pequeno e simplificado, que combina as funcionalidades GSM com a tecnologia GPS mais recente, permitindo-lhe o contacto fácil e imediato com o utilizador, independentemente do local onde se encontra. Por exemplo, com uma criança ou um parente idoso, o YOYOCare determina a sua localização e envia-a através de SMS para o seu telemóvel. Isto resulta, como é evidente numa segurança para qualquer pessoa que deseja saber onde e como se encontram os seus familiares que necessitem de alguma protecção, como é o caso de crianças ou de idosos com necessidades especiais. O dispositivo funciona logicamente com um vulgar cartão SIM de um operador de telemóvel e de facto permite contactar por voz imediatamente qualquer pessoa em situação de emergência. Aliás possui três teclas bem visíveis para que a pessoa necessitada chame três números previamente gravados e peça o auxilio de que necessita. Tem ainda uma tecla de emergência para enviar um alerta ainda mais rápido e até uma câmara fotográfica. Mas tudo isto é ainda mais completo. É que combinando as funcionalidades GSM com a tecnologia GPS mais recente, o Yo-Yo Care pode enviar, para além da localização exacta onde se encontra o seu utilizador, uma fotografia do local. E mais ainda. Se imaginarmos o caso de uma criança ou mesmo de um idoso para os quais determinámos uma certa área num raio específico da nossa casa ou de um local escolhido, soará um alarme logo que o seu filho ou o seu parente saia dessa área. Definem-se assim zonas específicas de segurança, que caso o utilizador entre ou saia delas, gera um alerta enviado por SMS e/ou mail, fornecendo a localização do utilizador através de coordenadas em formato Google Maps e enviando fotos em formato MMS. Mas é também importante a utilização do Yo-Yo Care para os casos de trabalhadores que necessitem saber uns dos outros, adeptos dos desportos radicais, por exemplo que se encontrem em zonas desconhecidas, até mesmo de veículos, etc., facilitando a sua localização e/ou em caso de acidente, solicitar ajuda com um simples toque no tal botão de emergência. E aí está como o nome do dispositivo foi bem escolhido. No brinquedo Yo-Yo, aquela rodinha funciona nas duas direcções afastando-se e aproximando-se das nossas mãos. No Yo-Yo Care existe também essa funcionalidade permanente de vai-vem entre duas pessoas, em que uma delas necessita de auxílio ou outra informação.

SEPARADOR:

Rápido, cada vez mais rápido! Atenção amigos ouvintes que eventualmente possam estar a ouvir-nos enquanto conduzem o seu automóvel. Isto não diz respeito à velocidade a que vão a conduzir. Nada de confusões. Conduzam com cuidado e segurança. O excesso de velocidade é perigoso. Portanto, íamos referir-nos aos computadores, claro. Ao recuar umas duas décadas atrás, lembramo-nos de que um conhecido especialista nesta área da informática dizia ser impossível que os processadores ultrapassassem os 56 Mhrtz. Imaginem! Quando até já existia a célebre Lei de Moore, enunciada por Gordon Moore, co-fundador da Intel, que estabelecia que a velocidade de processamento dos computadores duplicaria em cada 24 meses. Hoje sabemos como quase diariamente nos chegam notícias de que vai aparecer no mercado este ou aquele computador com uma velocidade superior ao que até aí era o mais veloz. Mas agora vem a notícia mais surpreendente ainda. Uma equipa de engenheiros da HP está a conceber um tipo de dispositivo que poderá substituir os transístores utilizados actualmente para construir chips para computadores. Esta inovação vai permitir produzir computadores mais rápidos e eficientes num futuro próximo. Um novo componente permite construir transístores que permitem que os futuros chips armazenem e processem dados ao mesmo tempo no mesmo dispositivo, ultrapassando os actuais feitos de silício. Portanto uma espécie de adeus às actuais memórias flash e os computadores do futuro serão mais rápidos e eficientes. E dizem-nos também que para além da alta velocidade serão energeticamente mais económicos. Isto é importante, sobretudo se pensarmos nas aplicações em áreas de grande interesse para o nosso bem-estar e saúde. Mas temos mais boas notícias. Uma cientista da Universidade de Aveiro acaba de desenvolver um dispositivo a que chama língua electrónica para analisar a qualidade dos alimentos. Alisa Rudnitskaya explica que aplicou aos alimentos líquidos os conhecimentos que existiam sobre o que foi chamado de “nariz electrónico” pois sabia-se que o olfacto humano "consiste num número grande de receptores e no processamento dos [seus] sinais no cérebro". Desta forma, e como existem muitos tipos de receptores "com propriedades diferentes", as pessoas conseguem "distinguir vários tipos de odores". A língua electrónica permite analisar a qualidade dos alimentos líquidos, já que tem sensores que substituem as papilas gustativas. O dispositivo consegue detectar por exemplo "compostos orgânicos e inorgânicos como o potássio, o sódio e o cloreto" e, ainda metais perigosos, como o "cobre e o mercúrio" analisando se os alimentos possuem níveis demasiado altos dessas substâncias prejudiciais à saúde e para as quais existem limites fixados pelas autoridades para a sua concentração nos alimentos. Os dados fornecidos pela língua electrónica são depois descodificados e analisados por computador. A cientista refere que a investigação ainda não acabou e que estão a ser estudadas novas aplicações. Uma boa notícia que esperamos venha a por exemplo a ser decidido que essa língua electrónica venha a ser obrigatória nas unidades de produção de alimentos e não apenas à posteriori na sua fiscalização que naturalmente também a deverá utilizar.