INFORMÁTICA PARA TODOS é um programa de Rádio transmitido em cerca de 50 Rádios Locais do Continente e Ilhas desde Setembro de 2003

A fim de facilitar a consulta de alguns dados ou ajudas que nem sempre é possível fixar durante a transmissão de um programa de Rádio deste género e corresponder aos constantes pedidos de vários ouvintes e mesmo alguns organismos para que os respectivos textos lhes sejam fornecidos, tomei a decisão de os colocar neste espaço da Internet assim como uma versão áudio do programa de Rádio, existindo neste caso um link para aceder ao texto. Deste modo serão facilmente consultados.

Como se compreende, tanto os textos como as versões áudio de cada programa só aqui serão colocados uma semana depois, pelo menos, daquela em que foram transmitidos via rádio e segundo o possível interesse da sua consulta.

Eventualmente aqui estarão também outros programas mais antigos que tenham merecido algum destaque pelos conteúdos que divulgaram.

Gil Montalverne


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19.11.12

PROGRAMA DE INFORMÁTICA PARA RÁDIOS LOCAIS

12/18NOV2012
Emissão nº 432

Neste Programa:
Grafeno, o material do futuro, vai substituir o silício nos chips e não só
Uma câmara que pode vigiar a nossa casa e transmitir informações para o nosso smartphone em qualquer lugar.

Desde 2003 e portanto durante os cerca de dez anos que já tem o nosso programa, várias vezes falámos aqui da Lei de Moore e do seu significado que certamente muitos se recordam. Em 1975, o então presidente da Intel, Gordon Moore, afirmava que o número de transistores por cada chip dos computadores duplicaria de dois em dois anos, com o mesmo custo. Entretanto um colega seu achou que a Lei de Moore devia ser revista passando o prazo de dois anos para 18 meses, mantendo-se ainda o custo dos chips. Até que chegou o momento de ser criada a segunda Lei de Moore. Mantinha-se o aumento em valor duplicado do nº de transistores mas o custo, esse também duplicaria. E o culpado era já o mesmo que tem sido até aqui: o preço do petróleo. Ora ultimamente os investigadores nesta área dizem mesmo que a Lei de Moore estará a atingir o fim dos seus dias. É verdade que o aumento de velocidade e das capacidades dos dispositivos electrónicos continuam a verificar-se a um ritmo que tem muito a ver com a Lei de Moore, mas a descoberta por dois cientistas, um russo-britânico Konstantin Novoselov e outro holandês, Andre Greim, sobre as propriedades quase revolucionárias de um novo material, que lhes valeu o Prémio Nobel da Fisica em 2010, acaba definitivamente com a Lei de Moore. Esse material já tinha sido descoberto em 2004 na Universidade de Manchester e foi-lhe dado o nome de Grafeno por ser constituído por átomos de carbono, tal como acontece na conhecida grafite. Só que no Grafeno os átomos então dispostos numa folha plana, densamente compactados e com a espessura de um átomo. Torna-se então no material mais resistente até agora existente. Cerca de 200 vezes mais forte do que o aço estrutural," diz o pesquisador James Hone da Universidade de Columbia. "Seria necessário um elefante, equilibrado sobre a ponta de um lápis, para quebrar uma folha de grafeno. Pensa-se também em usá-lo como simples condutor, no lugar de cobre, uma vez que suporta densidade de corrente elétrica 100 vezes maior do que aquela tolerada pelo seu rival, e tem condutividade térmica 10 vezes maior. Mas no que diz respeito aos computadores e devido ao facto de consumir menos electricidade que o silício, base da construção dos chips, o grafeno pode substitui-lo e permitir a segunda revolução tecnológica. É que, devido à sua grande capacidade de fornecimento às industrias, ao contrario do silício usado hoje e apenas existente em algumas áreas e derivado de terras raras, nos próximos anos teremos novos componentes electrónicos, mais baratos e eficientes. Em teoria, um processador, ou até mesmo um circuito integrado, poderia chegar a mais de 500 GHz. O silício, por sua vez, trabalha abaixo de 5 GHz. Uma das aplicações mais recentes do grafeno foi a criação em laboratório de supercapacitores, que podem ser utilizados em baterias e carregam mil vezes mais rápido que as baterias de hoje em dia. Um disco rígido de grafeno terá uma capacidade mil vezes superior aos de hoje e com velocidade de ordem de Tera hertz (1000 Giga hertz). O Grafeno vem revolucionar o mundo da Informática, também com processadores mais pequenos. Uma simples placa ou tira de grafeno pode funcionar como relogio despertador, calendario, central de sensores tátil (música, video, TV, microfone, condicionador de ar), como célula solar já está a ser aplicado. A sua flexibilidade permite usá-lo como pulseira, ou como tela. Televisores 3D, gigantes, delgados, de peso mínimo, com imágens sublimes que nos darão a sensação de estar dentro do desenho. Grafeno: o material mais forte do mundo o material do futuro. Esperemos que assim seja. E que nem tudo seja mau, como é dito que se avizinha.
SEPARADOR:
Entretanto e enquanto não nos chegam dispositivos com o Grafeno, vejamos uma novidade muito útil neste mundo da Informática. A marca Devolo de que temos aqui falado muitas vezes, acaba de nos sugerir o seu mais recente lançamento de uma câmara de vigilância. Com a sua comprovada tecnologia Powerline, a devolo garante a transmissão de vídeo através de uma habitação que é tão simples quanto segura. Desta forma, a dLAN LiveCam pode ser ligada a qualquer tomada de corrente e em qualquer ponto da casa – quer seja na cave, no sótão, no terraço, na garagem ou no quarto. Apenas é necessária uma ligação de banda larga à Internet para transmitir os vídeos captados pela câmara. A stream de vídeo da LiveCam pode ser recebida em qualquer parte do mundo através de um smartphone ou tablet – onde quer que se encontre, bastando para isso ter um acesso à Internet. A app dLAN Cockpit oferece um funcionamento muito simples em smartphones. Para tablets iOS e Android foi criada uma variante de alta resolução da mesma app. Ambas as versões permitem, além da visualização da transmissão, a gravação de screenshots bem como a afinação da qualidade de imagem. Pode ser colocada sobre uma prateleira mas também é possível instalá-la na parede ou no teto. O cabo de corrente é não apenas responsável pela alimentação eléctrica mas também pela transmissão de vídeo, e tem um comprimento suficiente (2,5 m) para uma fácil selecção de pontos de instalação. A cabeça da câmara pode ser rodada (0º-270º) e movida para cima e para baixo (0º- 90º) o que facilita a definição da área a monitorizar. A objetiva grande angular (130º) capta imagens com uma resolução de 640x480 pixéis até 20 frames por segundo. Doze LEDs de infravermelhos com um alcance de 5 m são ativados automaticamente através de um sensor de luz e oferecem uma excelente qualidade de imagem mesmo em situações de total escuridão. A transmissão de vídeo de uma dLAN LiveCam pode também ser “partilhada” especificando-se uma password. Isto torna possível, por exemplo, atribuir acesso temporário a familiares ou amigos para que possam “tomar conta” da casa enquanto alguém vai de férias para um sítio paradisíaco – e sem acesso à Internet.